O calor pode chegar a 50º C durante o dia e – 5º C à noite. O sol é implacável. A areia fofa das dunas torna qualquer caminhada um grande obstáculo. O cenário é o deserto do Sahara, um dos lugares mais inóspitos do planeta e o desafio é uma maratona, um percurso de 42 km de corrida. Quem enfrentou – e venceu – este desafio é Antonio Augusto Almeida, 47 anos, profissional de marketing em Olímpia e atleta maratonista.
Para encarar a Maratona do Deserto do Sahara, disputada dia 19 de novembro, o atleta viajou ao Marrocos com o apoio de algumas empresas. Uma delas foi a Bebidas Poty, que deu a água Levity e o isotônico IsoActive, que o atleta bebeu para manter-se hidratado durante todo o treinamento e prova.
Antonio Augusto é um exemplo de superação. Ele escolheu ser maratonista depois de enfrentar problemas de saúde há 10 anos quando, por causa do excesso de peso, chegou a ser hospitalizado. Decidiu mudar de vida, optou por uma alimentação saudável e muita atividade física. Agora ele tem em seu currículo 259 provas entre corridas, maratonas e ultra maratonas. Já correu no deserto do Atacama, no Chile, e nos próximos anos planeja novas maratonas pelo mundo todo. Nesta entrevista exclusiva ele fala dos desafios de correr no deserto, da superação e do futuro:
O desafio
Em uma maratona em cenários extremos, nem sempre o maior desafio é o calor. No Atacama o maior desafio era vencer a altitude. Chegamos até 2.900 metros do nível do mar e como é muito seco você acaba tendo muita dificuldade para respirar, a impressão é que está com a cara dentro de um forno ligado. Já no Sahara a dificuldade maior foi o percurso, muita areia fofa e dunas impressionantes de um visual incrível mas de dificuldade igual a sua beleza.
O pior trecho foi nas Dunas de Erg Chebbi. Foram mais de oito quilômetros direto de dunas, isso após já ter corrido 32 km. Esse trecho foi a maior dificuldade. Diferente do Atacama onde você não transpira, o suor evapora antes mesmo de você sentir e vem daí o grande perigo de uma desidratação no deserto. No Sahara o suor é grande até chegar nas dunas e lá aconteceu exatamente como no Atacama, evaporava antes mesmo de sentir. Lá a hidratação pessoal, aquela que carregamos com a gente durante a prova, foi essencial e de extrema importância para segurar até os postos de hidratação oficial da prova.
A estratégia
Nessa prova do Sahara minha estratégia foi montada para guardar o máximo de energia para os últimos 10 quilômetros, justamente por ser o pior trecho com as dunas e já ter percorrido 32 quilômetros. Acredito que poderia ter forçado um pouco mais até as dunas, mas só falamos isso hoje após prova, na hora precisamos seguir o planejado para evitar surpresas….foi show!
A conquista
Fui o 20º colocado em toda a maratona e o 5º em minha categoria, ou seja, apenas 19 atletas chegaram antes de mim no final dos 42 quilômetros, sendo o campeão o marroquino El Mouaziz que tem em seu currículo dois títulos da maratona de Londres, um de Nova York e a Ultramaratona de Sables no Deserto do Sahara. O segundo colocado foi o também brasileiro José Virgínio, considerado o Rei das Montanhas. Isso dá para ter uma ideia do nível elevado dos atletas e como qualifica, ainda mais, o resultado da prova.
Água e Isotônico
O esporte é uma das melhores ferramentas de transformação e ajuda na vida profissional, social e pessoal de qualquer pessoa. Toda empresa que investe no esporte tem uma valorização enorme.
A Bebidas Poty foi essencial para minha preparação. Meus treinos eram realizados em extremo calor para ambientação do corpo e para que eu tivesse um bom resultado minha hidratação teria que ser 100% segura. Contei para esse desafio com a água Levity e o isotônico IsoActive e com isso mantive sempre uma excelente hidratação nos treinos e períodos de descanso. #soupoty100%
Superação pessoal
Sou corredor maratonista com 259 corridas entre provas de 10km, 15km, 21km, 30km e 16 maratonas (42km) e 02 ultramaratonas (65km e 85km essa em dupla).
Em 2013 me tornei membro da seleção brasileira máster de atletismo e fui convidado para disputar o mundial de atletismo máster em Lyon na França. No mesmo ano bati meu recorde pessoal e corri ao longo do ano mais de 6.000 quilômetros, ou seja, uma média de 17 quilômetros todos os dias do ano.
Nesse mesmo ano me tornei palestrante do projeto Eu Sou da Corrida. Já são mais de 120 palestras com a oportunidade de dividir minha experiência e vivência no mundo das corridas para mais de 20.000 pessoas. Faço uma analogia das maratonas com muita motivação, planejamento e estratégia como um case pessoal de sucesso de forma a impulsionar as pessoas a começarem uma atividade física e ter a certeza de que o esporte transforma vidas.
Em 2014 mais um recorde, foram 42 corridas ao longo dos 12 meses, uma média de 3,5 corridas por mês, ou seja, praticamente todo final de semana ao longo do ano competindo em uma corrida oficial.
Desde 2013 treino para me especializar em maratonas no deserto e essa foi minha terceira maratona consecutiva no deserto:
2014 e 2016 – Maratona do Deserto de Atacama – odeserto mais árido do mundo.
2017 – Maratona do Deserto do Sahara – o mais quente deserto do mundo.
O futuro
Como hoje sou o primeiro a fazer duas maratonas no deserto do Atacama e uma no Sahara consecutivas, continuo focado nas provas para o deserto, mas já trabalho para o próximo ano e em 2019, dois planos bem distintos, que irão andar lado a lado. Para 2018, além de várias provas que servem como preparação, vou incluir a maratona do deserto de Las Vegas nos Estados Unidos e uma prova na neve. Isso mesmo, na neve. Quero impulsionar os extremos.
Em 2019 estou programando a World Marathon Majors (WMM), que reúne as seis maiores maratonas do mundo (Tóquio, Londres, Boston, Berlim, Chicago e Nova York). Será um campeonato mundial com ranking por faixa etária, com início em setembro de 2018 e encerramento em Berlim com o campeonato mundial em 2020. Os projetos são bem audaciosos, mas de extrema entrega positiva. Conto com a Poty.
Fonte: Poty