Brasileiros estão cada vez mais sedentários, revela pesquisa

O sedentarismo atinge grande parte da população e se caracteriza como principal antagonista no combate à obesidade no Brasil. Pesquisa realizada pela IFT.com, a pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (ABIR), revela que 52% dos brasileiros não insere a prática de exercícios físicos em seus cotidianos. Esse resultado vai ao encontro dos dados divulgados no estudo Pnad 2015: Prática de Esporte e Atividade Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado recentemente. Entre setembro de 2014 e setembro de 2015, 100 milhões de pessoas, com 15 anos ou mais anos de idade, não praticavam qualquer tipo de esporte ou atividade física.

A pesquisa da IFT.com ouviu 2 mil pessoas em 190 municípios do país sobre seus hábitos de consumo e estilo de vida. Para 75% dos entrevistados, a obesidade é um problema “muito sério” e a maioria (82%) entende que a melhor forma do governo ajudar a resolver o problema é adotando políticas públicas de incentivo a práticas de atividades físicas, não colocando ainda mais impostos sobre refrigerantes e bebidas açucaradas. Em pesquisa realizada no site do jornal O Estado de São Paulo neste mês, 60% afirmaram que aumentar impostos sobre refrigerantes não ajuda a reduzir o consumo e evitar a obesidade. O Brasil conta com uma das cargas tributárias mais altas do mundo e, atualmente, 40% do que se paga por uma latinha de refrigerante são impostos.

O cenário demonstra que o problema da obesidade passa por causas múltiplas e também relacionadas à equação consumo x queima de calorias. Nada menos que 68% dos entrevistados na pesquisa da IFT.com afirmaram que diminuíram o consumo de refrigerantes no último ano. A informação reforça pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde (Vigitel), que mostra o aumento da obesidade mesmo com a diminuição da ingestão dos refrigerantes. A população obesa no Brasil cresceu de 11,8% para 18,9% entre 2010 e 2015. Nesse período, houve redução do consumo de refrigerante tradicionais ( de 30,9% para 16,5%) e o surgimento de bebidas com menor ou nenhum índice calórico.

Todas as pesquisas realizadas recentemente sobre o tema mostram que o que de fato funciona no combate à obesidade são esforços coordenados do governo, da indústria e da sociedade, para implementar soluções baseadas em evidências científicas. O setor de bebidas não alcoólicas tem desenvolvido uma série de ações para incentivar o consumo consciente e hábitos saudáveis, com a oferta de opções de formatos, ingredientes e redução de calorias, para apoiar a tomada de decisão de acordo com o perfil de cada consumidor.

Combater a obesidade com a seriedade que o problema exige.

Confira a íntegra da pesquisa realizada pela IFT.com