Brasileiro rejeita imposto sobre bebidas açucaradas

Pesquisa nacional de opinião pública realizada pelo DataPoder 360 mostra que 78% dos brasileiros acredita que é papel do governo apenas informar e não direcionar a tomada de decisão do cidadão sobre o que consumir. 65% dos entrevistados responderam ainda que são contra o aumento de impostos sobre refrigerantes e sucos industrializados para redução do consumo – para a maioria da população (61%), a medida tem objetivo meramente arrecadatório e não de saúde pública.

Os dados demonstram o forte apelo em defesa da liberdade de escolha por parte dos cidadãos. 67% acreditam que o Estado já interfere excessivamente no dia a dia das pessoas.

No debate sobre impostos, 94% do público respondeu que paga impostos demais e que não consideram que o valor arrecadado é bem utilizado pelo governo (87%).

A pesquisa foi realizada de 16 a 18 de outubro. Foram ouvidas por telefone (com ligações para aparelhos fixos e celulares) 2.196 pessoas com 16 anos ou mais em 178 municípios brasileiros, em todas as regiões do país com amostra representativa de toda a população brasileira.

A Associação Brasileira das Indústrias de Bebidas não Alcoólicas (ABIR), assim como a população brasileira, discorda da adoção de imposto sobre bebidas açucaradas como medida de combate à obesidade.

“Imposto não fabrica saúde. Aumentar a taxação de bebidas não irá combater a obesidade. É preciso enfrentar o problema de forma séria e consistente com medidas que passam pela educação da população e incentivo a práticas saudáveis” afirma o presidente da ABIR, Alexandre K. Jobim.

A indústria brasileira de bebidas não alcoólicas tem iniciativas concretas para colaborar no combate à obesidade. Entre elas está a oferta de um portfólio cada vez mais amplo de bebidas, incluindo versões com baixa ou nenhuma caloria; embalagens menores; suspensão de publicidade para crianças (autorregulação); e o fornecimento de informações nos rótulos em cores para tomada de decisão consciente. Destaca-se ainda o fato de que o setor é um dos grandes investidores em esporte no Brasil.

O setor de bebidas não alcoólicas é um dos que mais paga impostos no país. A carga tributária brasileira sobre refrigerantes e sucos é extremamente elevada, chegando a 40% do preço dos produtos vendidos. A criação de um novo imposto sobre o setor causará prejuízos econômicos irreparáveis, especialmente no cenário atual de crise vivido pelo país.

“Defendemos a liberdade de escolha e o consumo consciente, por isso a oferta de um amplo portfólio de bebidas para os diferentes perfis e momentos de consumo – e de informações claras sobre os produtos, conforme o novo modelo de rotulagem proposto pela indústria”, completa Jobim.

Confira no Poder360.

Principais números da pesquisa em vídeo:

 

 

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