ABIR realiza seminário sobre inovação, tendências e legislação do setor de bebidas não alcoólicas

O presidente da ABIR, Alexandre Jobim, ao lado do diretor de Relações Institucionais Carlos Henrique e do diretor técnico Igor Castro

Foi realizado em Brasília, na terça-feira (18/9), o Seminário ABIR Sobre Bebidas Não Alcoólicas. O evento discutiu inovação, tendências e legislação do setor e contou com a presença de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), além de representantes técnicos das associadas da ABIR de diversos estados.

“O setor de bebidas não alcoólicas brasileiro é sério e cumpre a legislação com rigor. Este seminário tem como objetivo discutir e ouvir sobre o cenário atual e quais as novas possibilidades”, afirmou Alexandre Jobim, presidente da ABIR. Jobim realizou a abertura do evento ao lado do diretor da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA, Fábio Florêncio Flores. “Estamos trabalhando para desburocratizar a legislação e sempre em diálogo com a indústria. Agradeço o convite para o seminário, que tem objetivo em comum: dar ao consumidor a garantia de produtos de qualidade”, disse.

Fábio Florêncio Flores (MAPA)

 

Raul Amaral (ITAL)

Raul Amaral, coordenador da Plataforma de Inovação Tecnológica do ITAL, abordou todas as temáticas do setor e destacou que é fundamental que as regulamentações sejam baseadas em pesquisas científicas. “Com relação à legislação, temos vários caminhos a percorrer. Só vamos encontrar o rumo certo com diálogo, pesquisas científicas para quebrar mitos e, dessa forma, chegar a uma construção para os próximos anos”. Para Amaral, é preciso uma visão estratégica de longo prazo e ainda mais união entre governo e indústria.

Ambiente regulatório

“Uma boa regulamentação evita altos custos e precisa ser construída com transparência e participação social envolvendo todos os atores”. Essa é a visão da Gerente de Pós-Registro da Gerência Geral de Alimentos da ANVISA, Ângela Karinne Fagundes, complementada em seguida pela visão do MAPA, em palestra de Péricles Fernandes, Fiscal Agropecuário da Coordenação Geral de Vinhos e Bebidas. “Entre as tendências da legislação estão a simplificação de procedimentos, mais dinâmica, maior clareza, prioridade no julgamento do produto pelo consumidor e diminuição da burocracia do registro”, afirma.

Ângela Karinne Fagundes (ANVISA)

 

Péricles Fernandes (MAPA)

 

Igor Castro, diretor técnico da ABIR, apresentou algumas sugestões de modernização da legislação de bebidas não alcoólicas no país, como inclusão de novas categorias de bebidas e permissão para a adição de gás carbônico e outros ingredientes nas bebidas. “O setor regulado participa dessa evolução da regulação brasileira e agradecemos a parceria entre governo e indústria”.

A legislação de outros países foi detalhada pela Fukuma Advogados, representada por Joana Aranha, com um panorama das agendas do setor nas mais diversas partes do mundo.

Foco no consumidor

Angélica Salado, da Euromonitor Internacional, destacou o aumento das marcas regionais no setor de bebidas não alcoólicas, assim como o investimento da indústria na expansão do portfólio com opções mais saudáveis, novas categorias de sabores e diversidade de embalagens. “Isso demonstra o olhar atento ao consumidor. Importante também destacar o papel dos influenciadores digitais como um canal de relacionamento com os consumidores, devendo a indústria se atentar a eles como pessoas falando para pessoas, mas utilizá-los com a estratégia da informação”.

Carolina Wosiack, da empresa de tecnologia CI&T

O consumidor na era digital foi destaque da palestra de Carolina Wosiack, da empresa de tecnologia CI&T. “Trata-se de um consumidor cada vez mais empoderado e exigente, mas que precisa aprender a checar as informações antes de curtir e compartilhar”, afirmou. Para ela, é importante que indústria, governo e sociedade se atente às fake news, que podem trazer prejuízos e ruídos de comunicação.