ABIR debate rotulagem nutricional em evento promovido pelo Valor Econômico

O aprimoramento da rotulagem nutricional dos produtos foi tema do Seminário Direito à Informação na Rotulagem de Alimentos, promovido pelo jornal Valor Econômico na manhã desta quinta-feira, 29/11, em Brasília. O presidente da ABIR, Alexandre Jobim, participou da abertura do evento, que contou com apoio da Rede Rotulagem, formada por 22 associações setoriais da indústria.

“Precisa ficar claro que a indústria como um todo quer essa renovação. É preciso dar ao consumidor informações para que ele exerça o seu direito de escolha. O que não gostaríamos é que houvesse é uma vilanização de determinados produtos que são lícitos, certificados e aprovados para consumo. Por isso, a nova rotulagem não deve ser de alerta, mas sim de informação ”, disse Jobim. A abertura do evento contou ainda com a presença da diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg e do diretor-presidente de Anvisa, William Dib.

Em seu discurso, Dib destacou que o processo de revisão da rotulagem é complexo e visa garantir que o consumidor entenda o que de fato está consumindo. “Ainda não há nada definido. Essa análise deve ser concluída a partir de março de 2019, disse.

Após as falas iniciais, foi formada a mesa de debate composta pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), João Dornellas, pelo diretor de Relações Institucionais da Proteste, Henrique Lian, pela diretora da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), Márcia Terra e diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Dimitri Homar.

João Dornellas destacou os benefícios do modelo semafórico proposto pela indústria, que utiliza cores de entendimento universal (verde, amarelo e vermelho), associadas à presença de determinados nutrientes como sódio, açúcar e gorduras. Esse modelo traz a análise nutricional por porção do alimento que está sendo consumido e também é o eleito pela Proteste. “O novo sistema de rotulagem deve ter como principais funções fortalecer o entendimento da população, a educação alimentar, e ter um controle eficiente de nutrientes”, afirmou Henrique Liam.

No encerramento do evento, Márcia Terra aproveitou para esclarecer alguns mitos relacionados à alimentação. “Não existe alimento bom ou ruim. Por isso o alerta não é aplicado aos alimentos. O que precisa é informar com clareza o consumidor para que ele possa escolher melhor e construir uma dieta balanceada”.