Fonte: Tetra Pak
Das regiões costeiras para os grandes centros urbanos, a água de coco ganhou o gosto dos brasileiros e as gôndolas dos mercados. Atualmente, o País é um dos principais produtores da versão envasada do produto, com mais de 160 milhões de litros em 2017, segundo a consultoria de mercado Euromonitor. Em trajetória ascendente, a expectativa é que até 2020 este segmento registre expansão anual média de 9,2% em volume consumido.
De bebida limitada às regiões litorâneas para a sua distribuição em grande escala, o desenvolvimento do mercado de água de coco no Brasil está diretamente relacionado a um esforço conjunto entre indústria e fabricantes de tecnologias para o envase e processamento do produto. Foi a partir da percepção de seu potencial de consumo que a água de coco, até então um rejeito da produção do coco ralado e do leite de coco, passou a ser processada e envasada em embalagens longa vida.
“Ao notar uma demanda reprimida, sentamos com os nossos clientes para avaliar opções e chegar a meios de utilizar o subproduto. Foi a partir daí que desenvolvemos tecnologias exclusivas para processar a água de coco e distribuí-la em caixinhas”, conta Rodrigo Godoi, diretor de Processamento da Tetra Pak.
Se por um lado o desenvolvimento de tecnologia para processamento foi fundamental para criar uma nova categoria no segmento de bebidas, a sua distribuição em embalagens longa vida foi responsável por ampliar o acesso ao produto e abrir novos mercados consumidores. Com tecnologia que protege o alimento, elimina a necessidade de adição de conservantes e mantém as suas propriedades físico-químicas e nutricionais, a água de coco envasada ganhou as prateleiras de mercados em todo o País.
Como um dos agentes impulsionando o desenvolvimento do segmento, a Tetra Pak foi uma das marcas que mais se beneficiou da alta no consumo da bebida. Entre 2016 para 2017, a companhia aumentou em 10% o volume de embalagens entregues para a categoria.
Em complemento, as tecnologias de processamento da companhia são utilizadas pelos principais fabricantes do produto atuando no Brasil, que por sua vez utilizam a sua estrutura local para exportar a bebida para novos mercados. Atualmente, estima-se que cerca de 30% da produção nacional de água de coco envasada seja direcionada para exportação, segundo dados da Euromonitor.
Oportunidades à frente
Diante do desenvolvimento e maturação do mercado nacional e do surgimento de novos perfis de consumidores, a Tetra Pak tem olhado para novas oportunidades. Hoje, um dos focos da empresa reside na utilização de tecnologias para o processamento de novos tipos de bebidas que também têm o fruto como matéria-prima. Nessa esteira estão bebidas vegetais a base de coco, que em 2017 registraram crescimento de 68%, segundo estudos encomendados pela Tetra Pak.
“Nos últimos anos notamos o surgimento de um novo perfil de consumidor e, com isso, a maior preocupação da indústria em criar linhas diferenciadas de produtos. Enquanto matéria-prima, o coco tem se mostrado um componente importante para a formulação de novas receitas e para atender o gosto de uma parcela de consumidores cada vez mais relevante”, explica Godoi.
Além do fornecimento de embalagens e de equipamentos para processamento e envase, a Tetra Pak dispõe de uma planta piloto, localizada em Monte Mor (SP), para a realização de testes de formulação. Clientes da marca podem utilizar a estrutura para avaliar novas receitas e acelerar o seu desenvolvimento, de modo a responder com mais agilidade e assertividade às mudanças no mercado consumidor. Formulações envolvendo o processamento do coco como matéria-prima também podem ser testadas no local.