Em iniciativa inédita, indústrias de alimentos e bebidas lançam plano de redução voluntária de açúcares

Ação, em parceria com o Ministério da Saúde, tem como meta retirar mais de 144 mil toneladas de açúcares de alimentos e bebidas até 2022

 

As indústrias brasileiras, comprometidas com a promoção de estilos de vida saudáveis, anunciaram hoje mais uma ação inédita: um plano de redução voluntária de açúcares em alimentos e bebidas.

O trabalho tem como objetivo contribuir para a redução do consumo de açúcares pela população brasileira. Importante destacar que a maior parte do consumo de açúcar no Brasil vem do que é adicionado no preparo final dos alimentos em casa ou em bares e restaurantes: 56,3%. O açúcar adicionado nos alimentos industrializados responde por 19,2% do total consumido, de acordo com estudos feitos com base na última POF/IBGE.

A redução voluntária será feita em 23 categorias de alimentos e bebidas compreendidas em 5 grupos: bebidas adoçadas, biscoitos, bolos prontos e misturas para bolo, achocolatados em pó e produtos lácteos. O projeto prevê retirar, de forma gradual, 144,6 mil toneladas até 2022.

O acordo com o Ministério da Saúde é assinado pela Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação); Abimapi (Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) e VIVA LÁCTEOS (Associação da Indústria de Lácteos). Ao todo, fazem parte do acordo 68 indústrias, que representam 87% do mercado de alimentos e bebidas do País.

Histórico e detalhes  

Entre 2008 e 2010, um acordo entre o Ministério da Saúde e a Abia conseguiu retirar cerca de 310 mil toneladas de gordura trans dos alimentos industrializados.  Já o Plano de Redução de Sódio, em curso, registrou a retirada de 17.254 toneladas até o ano passado. A meta é chegar a 28,5 mil toneladas em 2020.

 Com relação ao acordo voluntário para a redução de açúcares, o início dos trabalhos foi marcado pela realização de diversos encontros, a partir de maio de 2017, entre representantes das indústrias e do Ministério da Saúde. Foram realizadas 6 oficinas técnicas sobre os seguintes temas: overview sobre os açúcares nos alimentos, bebidas adoçadas (néctar, refrescos e refrigerantes), bolos (bolos prontos e misturas para bolos), biscoitos (doce com e sem recheio, wafer), achocolatados e produtos lácteos (iogurtes, bebidas lácteas, fermentadas e não fermentadas prontas para consumo, iogurtes gregos e Petite Suisse).

O ponto de partida para a definição das metas de redução foi um levantamento feito com as empresas associadas, para identificar os teores de açúcares – em gramas por 100 gramas ou mililitros do produto – existentes em cada categoria e calculados os teores médios praticados. O principal critério adotado para o final dos primeiros quatro anos de pactuação é que todos os produtos do mercado possuam teores de açúcares menores ou iguais às essas médias identificadas.

Por exemplo, na categoria de biscoitos tipo “Maria” e “Maisena”, a média ajustada foi de 22,8 g de açúcares por 100 gramas do produto. A meta é que, em 2022, esse seja o teor máximo de açúcares existente em todos os produtos dessa categoria.

Confira o termo de compromisso na íntegra.

Clique para acessar o termo em inglês.

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