Levantamento aponta 90% de desaprovação dos brasileiros com a área de tributação do governo. A pesquisa reforça a importância de debater, de forma ponderada, qualquer proposta de taxação de bebidas açucaradas sob o argumento de redução do consumo para combater a obesidade. A alta carga tributária já existente no Brasil é fator a ser considerado.
No Brasil, refrigerantes são taxados em cerca de 40%; no México, passaram a ser taxados em 28% com o sugar tax. E não houve redução de consumo. O impacto econômico da medida pode gerar perda de poder de consumo e eliminação de negócios e empregos de uma indústria que hoje emprega indiretamente no país mais de 1,6 milhões de pessoas.
As experiências internacionais mostram que a taxação de açúcar não afeta o comportamento alimentar, não reduz a quantidade de calorias ingerida e não educa o consumidor que apenas migra para produtos mais baratos.
A Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas reforça a convicção de que não serão novos impostos os responsáveis por conter a epidemia de obesidade na sociedade. Doença decorrente de fatores múltiplos, tais como sedentarismo, herança genética, ausência de balanceamento nutricional, entre outros.
Impor ao cidadão brasileiro um novo aumento de impostos, seletivo e discriminatório, impedindo-o de exercer seus direitos de escolha e de consumo com certeza não é a melhor forma de combater a obesidade.
A ABIR confia no poder de diálogo da sociedade com o governo e as instâncias decisórias. A Associação está e sempre esteve aberta ao debate para esclarecer todos os pontos necessários à adoção de uma política realmente eficaz de redução da obesidade – encarando de frente a multifatorialidade da questão.