Em 2016, a indústria de refrigerantes teve seu pior volume de produção no mês de janeiro desde 2012, registrando uma queda de 11,7% em relação ao mesmo mês de 2015.
Há um cenário de diminuição da produção, conforme apontam os dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (SICOBE) da Receita Federal. Em 2015, a produção total de refrigerantes diminuiu 5,9% em relação a 2014. Porém, os dados de janeiro de 2016 são piores do que a média da série histórica.
Na análise dos dados, é preciso considerar o crescente consumo de outras bebidas, como sucos e néctares (que surgiram no mercado brasileiro apenas a partir de 2000). Mas as mudanças nos hábitos da população não foram a principal razão da queda na produção industrial.
A crise econômica do país também é um importante fator. Da mesma forma, o aumento do ICMS anunciado em vários estados brasileiros no final de 2015 poderá agravar ainda mais a situação da indústria. “O setor não tem planos de demissões nem de cessar os investimentos previstos, mas não há dúvida que estamos atentos e preocupados com os efeitos da diminuição do consumo bem como com a crise econômica” afirma Alexandre Jobim, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR).
Em fevereiro, o Carnaval pode contribuir para a melhora dos números, porém a sinalização é de que em março haverá nova queda.